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Influenciadores Digitais

Nos dias de hoje, é seguro dizer que confiamos mais na opinião de pessoas do que na publicidade tradicional. Quantos de nós não pedimos opinião a amigos ou às pessoas com quem nos identificamos, em detrimento do artigo que vinha na revista X ou do anúncio que passou no intervalo da telenovela? E prova disso é que, a publicidade, há anos que investe em comunicação com celebridades com as quais sabem que o público irá ter algum tipo de empatia.  A partir do momento em que o mundo digital começou a ganhar força no meio publicitário, também as normas mudam. E com isto surgem os influenciadores digitais.

Estima-se que, mensalmente, sejam mais de 700 milhões de pessoas que passeiam pelos feeds das redes sociais – sejam elas Facebook, Instagram ou até o YouTube. E com isto, inevitavelmente, o posicionamento das marcas teve que se mover para aqui, onde as massas estão. Isto porque a Internet abriu uma porta a quem sempre quis ter voz. Aqui é onde se podem criar ou destruir a relação com a marca – se um produto não for bom ou se o serviço não for o esperado, é aqui que o utilizador pode veicular a sua opinião. E o mesmo acontece na perspetiva contrária. É aqui que podemos fazer a recomendação que faríamos à nossa família ou aos nossos amigos mais próximo mas, provavelmente, com uma audiência muito maior.

Fazê-lo, muitas das vezes agregado a um blog ou a um canal de YouTube, torna o utilizador um Influenciador Digital. Aquele que, de alguma forma e com o poder que tem ao seu dispor, influencia a sua comunidade a decidir de acordo com o que recomenda. Inevitavelmente, daqui, as marcas percebem que podem tirar partido e começam a abrir espaço para um investimento de PR ou publicitário pelo conteúdo deste influenciadores – ou seja, a pagar-lhes pelas tais recomendações.

Segundo a Forbes, estima-se que uma conta que ultrapasse um milhão de seguidores pode cobrar, por publicação, valores acima dos US$50.000, dependendo do seu engagement (*). Mas será que uma conta com este alcance, compensará o investimento publicitário por parte da marca? É relativo.

No mundo do marketing, surge agora a perceção de que a partir de um certo número de seguidores, existe um declínio da taxa de engagement. Ou seja, como marca, pode chegar a uma audiência maior, mas serão menores as pessoas impactadas ou realmente interessadas na mensagem ou produto que está a passar, levando a questionar a validade destas legiões imensas de seguidores. Como utilizadores, conseguimos identificar que muito mais facilmente nos relacionamos com alguém que nos é próximo do que com uma celebridade que é-nos praticamente inatingível.

Num mundo onde nem todos podemos ser como um Cristiano Ronaldo ou uma Kim Kardashian, começam então a aparecer aquilo a que chamamos os micro-influenciadores. Estes serão os responsáveis por contas com uma legião de seguidores entre os 10k e os 100k e que terão uma melhor combinação entre o alcance e o engagement, com uma taxa de comentários e gostos que irá, provavelmente, ultrapassar as de influenciadores digitais com mais seguidores. Ainda conseguirá chegar a uma boa audiência, mas com um custo muito mais baixo do que aquele que iria pagar por uma celebridade das redes sociais.

Pondo isto em números, apostar em micro-influenciadores terá, em média:

  • um custo mais baixo e 6.7x mais eficiente por engagement,
  • uma probabilidade 22.2% superior de estabelecerem contacto sobre o produto com a sua audiência e, por último,
  • um engagement 60% elevado.

Terem uma legião de seguidores mais pequena faz com que considerem e depositem mais tempo nos conteúdo que criam, tornando-os uma fonte de recomendação muito mais viável e com um poder de influência decisivo aquando do momento da decisão de compra.

Mas então, como é que a sua marca pode estabelecer uma relação com estes micro-influenciadores que traga vantagens para ambas as partes? Sugerimos três estratégias que se complementam.

1. Pedir que liguem o produto ou marca a uma história pessoal.

Por vezes, partilhar apenas uma fotografia com o que queremos promover não chega. Não podemos assumir que uma foto bonitinha irá fazer com que o consumidor se interesse pela marca e a vá procurar. Procure que o seu produto ou marca faça um match perfeito com o micro-influenciador escolhido, motivando-o a criar uma história por trás da partilha.

2. Criar uma campanha a longo prazo.

Se quiser promover o lançamento de um novo produto ou de um evento específico, uma parceria única poderá ser o suficiente para cumprir o seu objetivo. Mas se quer criar maior notoriedade da sua marca, será importante que consiga estabelecer uma campanha a longo prazo, que permita que os seguidores do seu micro-influenciador criem uma identificação com a marca.

3. Torne-os embaixadores da sua marca.

Tudo pode funcionar perfeitamente com as dicas que lhe demos. Mas nada funcionará melhor do que trabalhar com alguém que já conhece a marca e que até é fã da mesma. Quando promovem produtos que utilizam por si só, os seguidores já estarão, eventualmente, familiarizados com esta relação. Ou seja, a identificação será melhor e o próprio influenciador não precisará de ter tanto esforço porque será um conteúdo mais orgânico para si mesmo.

Lembre-se sempre que, enquanto marca, é importante conseguir estabelecer uma boa relação com estes micro-influenciadores. Quanto mais eles se identificarem com a marca, com as políticas por trás da mesma e até com as pessoas que nela trabalham (e consigo comunicam), mais facilmente irão criar conteúdo relevante e interessante, com retorno positivo. Poderá ser consumidor de algum do seu tempo mas, no final, trabalhar com micro-influenciadores poderá exigir mais gasto temporal mas será, sem dúvida, mais rentável do que trabalhar com o mesmo número de macro-influenciadores.

Se ainda assim, o mundo dos influenciadores e das redes sociais lhe parece algo assustador, entre em contacto connosco e faremos o melhor para o ajudar.

 

(*) Entende-se por engagement a métrica relativa ao rácio entre as interações e o número de seguidores da conta.