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O consumidor está a mudar: já não é apenas um comprador, mas um membro da sociedade online com padrões e necessidades específicas, especialmente no que toca a autenticidade. Autenticidade é, mais que nunca, palavra de ordem nas redes sociais. E no que diz respeito às marcas, como podem comunicar de forma mais autêntica neste novo panorama?

Hoje em dia, é quase impensável publicarmos conteúdo nas redes sociais sem olharmos para trás. Os nossos seguidores requerem uma relação pessoal connosco, quer sejamos marcas ou indivíduos. E não esperam nada menos que autenticidade na forma como comunicamos, quer diretamente com eles, quer através dos conteúdos que publicamos.

Vejamos então como podemos – enquanto marcas – ter uma presença mais autêntica nas redes sociais sem descurarmos, no entanto, os objetivos por detrás na nossa comunicação.

Conheça as motivações por detrás da utilização das redes sociais

Não há como negá-lo: cada um de nós utiliza as redes sociais com um objetivo primordial, seja chamar a atenção para o que vendemos, gerar vendas, cativar uma audiência, … a lista continua. Porém, para atingirmos os nossos objetivos – sejam eles quais forem – temos, primeiro, que compreender com que objetivos os nossos potenciais seguidores usam as redes sociais.

Uma coisa é certa: quase toda a gente que usa redes sociais vê-as como fontes de entretenimento. Isto é, para as marcas, uma informação valiosa. Tenhamos, portanto, este facto em conta.

 

Ofereça soluções em tempo real

Se as marcas quiserem testar o potencial das redes sociais, basta aproveitarem as plataformas disponíveis para interagirem com os seus seguidores. Uma das principais razões que levam utilizadores a contactarem as marcas nas redes sociais é a procura de soluções para problemas que possam estar a ter com os seus serviços ou produtos.

Responder a estas interações, bem como a outras questões, e de preferência em tempo real, contribui grandemente para a perceção de uma marca como autêntica. Para os utilizadores, saber que existem pessoas reais por detrás de um perfil e de um logotipo, ajuda a que se apeguem emocionalmente a essa marca.

 

Pensar como o consumidor humano

Se há coisa que nos liga aos nossos consumidores e seguidores é esta: somos todos humanos; os seguidores são pessoas, as marcas são compostas por equipas de pessoas e é alguém – uma pessoa – que publica algo nas redes sociais de qualquer marca, por maior que seja. Uma pessoa fez ou escolheu a imagem e alguém pensou no que escrever para a acompanhar.

Uma das maneiras mais fáceis de falhar na demanda por uma imagem mais autêntica é não comunicar com os seguidores como comunicaríamos como uma pessoa na vida real.

Coloque-se na pele de quem o lê nas redes sociais e pergunte-se:

  • Isto é algo que eu gostaria de ler?
  • Que sensação me despertaria ler/ver isto?
  • Teria vontade de responder ou de interagir de alguma forma?

 

Ter uma voz consistente (e humana)

E por falar em comunicar com os seguidores, não há como não mencionar a importância de estabelecer uma voz consistente em todas as redes sociais utilizadas. Quer escolha ter uma voz mais institucional, uma mais informativa ou uma mais divertida, o essencial é que ela transmita confiança, seja relacionável e, acima de tudo, humana. Tal como as pessoas que o seguem e interagem consigo ou com a sua marca o são.

Para além disso, mostrar que a marca tem uma voz e uma personalidade, cria ligações mais genuínas com quem a segue.


Um bom exemplo disto é a Dove. É certo que hoje em dia se fala mais que nunca sobre aceitação e positivismo corporal, mas a verdade é que a Dove já tocava nestas questões em 2004, data de lançamento da sua campanha Real Beauty, a qual tem continuidade ainda hoje. Numa altura em que a maioria das mulheres não se via representada no único ideal de beleza feminino utilizado em publicidade, surge a Dove com uma campanha onde figuravam mulheres de tamanhos, cores e corpos diferentes, criando instantaneamente uma imagem relacionável aos olhos do seu público.

A conquista desta imagem valeu à Dove a elevação de uma empresa de sabonetes e outros produtos de higiene a uma ‘love brand’ inclusiva e representativa de todo o tipo de beleza feminina.

Até hoje, quinze anos depois do lançamento da campanha ‘Real Beauty’, a Dove continua a apostar neste ângulo e arrisco até a afirmar que a Dove foi uma das pioneiras no que diz respeito ao levantamento do diálogo sobre aceitação corporal nos media.

Publicar conteúdo de qualidade

Já temos vindo a mencionar que agora, mais que nunca, é imperativo apostar em conteúdo de qualidade, seja ele visual ou escrito. Por um lado, valorizamos a nossa empresa, por outro, estamos a oferecer algo a quem nos segue e decide gastar algum tempo para visitar as nossas redes sociais ou sites. Hoje em dia, o consumidor não é apenas um comprador ou potencial cliente. O consumidor quer ser cortejado, tem fome de informação e deseja, ao mesmo tempo, continuar a ser entretido quando está nas redes sociais.

A conta de Instagram do Airbnb não menciona promoções nem call to action para o aluguer de alojamentos. Em vez disso, faz uma seleção de fotografias incríveis capazes de despertar o mais intenso wanderlust nos seus seguidores. E as descrições não ficam nada atrás:

Para além de trabalhar numa imagem mais autêntica nas redes sociais, também o ajudamos a melhorar os seus skills de copywriter com estes 5 exercícios práticos.

Conclusão

Se quiséssemos resumir esta 5 dicas numa só, seria esta: garantir que a sua presença nas redes sociais é uma representação fiel dos valores da sua marca e da sua equipa. Porque, no fundo, todos somos pessoas, dos seguidores das redes sociais às equipas por detrás das marcas.

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